Aumento do bem-estar em Portugal tem impacto no consumo no PIB

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O crescimento médio do bem-estar em Portugal teve um contributo de 1,3 pontos percentuais no consumo per capita e na esperança média de vida.

Nos últimos 30 anos, Portugal tem testemunhado um aumento gradual no bem-estar da população, aproximando-se dos padrões observados na União Europeia. Esta tendência positiva foi revelada numa análise recentemente conduzida pelo Banco de Portugal (BdP), que destaca um aumento médio anual de 2,7% no índice de bem-estar entre 1995 e 2022
 
Este índice considera uma variedade de fatores, incluindo o consumo per capita, tempo de lazer, esperança de vida e desigualdade, fornecendo uma visão mais abrangente do progresso social para além do simples PIB per capita.
 
O aumento do bem-estar em Portugal é atribuído principalmente ao crescimento do consumo per capita e à extensão da esperança de vida. Contribuições significativas de 1,3 pontos percentuais de cada foram observadas, enquanto a redução da desigualdade também desempenhou um papel importante, embora em menor grau. No entanto, o impacto do tempo de lazer no bem-estar foi neutro, indicando uma necessidade de mais análises para compreender melhor este aspeto.
 
Embora o crescimento do índice de bem-estar seja uma tendência comum em toda a União Europeia, Portugal ainda está abaixo da média da UE. Isto é evidenciado pela diferença de 1,5 pontos percentuais entre o crescimento médio do índice de bem-estar e o PIB per capita em Portugal, o terceiro maior desvio entre os países da UE. No entanto, ao isolar o ano de 2022, verifica-se que o índice de bem-estar em Portugal atingiu 87% em comparação com a média da UE, sugerindo um progresso significativo ao longo das últimas décadas.
 
A análise ressalta que, embora Portugal ainda esteja aquém de alguns indicadores em comparação com outros países da UE, como o consumo per capita, o país sobe no ranking quando se considera o índice de bem-estar. Isto deve-se principalmente ao maior peso do consumo no PIB em Portugal e à maior esperança de vida da população. 
 
É importante notar que ainda existem desafios, como a desigualdade e as horas de trabalho mais elevadas do que a média da UE, que precisam de ser abordados para continuar a impulsionar o bem-estar e a qualidade de vida no país.
 
 
Fonte: SuperCasa Notícias

Publicado a: 18 de Março de 2024

Por: SuperCasa Notícias

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