Crédito habitação jovem: tudo o que tens de saber

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Comprar uma casa é um passo que muitos jovens sonham realizar. Descobre tudo o que deves ter em conta para pedir este financiamento.

O crédito habitação jovem é um apoio de financiamento concedido por instituições financeiras para ajudar jovens com idades entre os 18 e os 35 anos a comprar uma casa. É um conceito muito simples de entender, pois trata-se de um crédito habitação semelhante ao tradicional com pequenas diferenças e condições especiais, que podem significar benefícios para os jovens que queiram dar o passo de comprar uma casa
 
Avançar com a compra de um imóvel atualmente pode significar encargos avultados que nem todas  as carteiras conseguem aguentar, e por isso é que existe uma modalidade específica para os mais jovens.
 

Como funciona o crédito habitação jovem?

 

É importante que reter que, caso estejas a pensar avançar com um pedido de crédito habitação jovem, tenhas em conta que existem critérios que deves preencher para seres considero elegível à concessão deste empréstimo, nomeadamente os seguintes.
 

Entrada inicial

Para começar, antes de avançares com um pedido junto do banco, deves avaliar o teu capital disponível, pois quanto mais alto for o valor que estiveres disposto a dar para a entrada da casa, maior é a probabilidade de te ser atribuído um financiamento. Para conseguires uma aprovação, deves ter até 10% do total do valor de venda do imóvel, contudo, é aconselhável que, caso consigas e tenhas esse valor, pagues mais para aumentar a segurança do crédito.
 

Taxa de esforço

A tua taxa de esforço não pode ser alta. Isto significa que o teu crédito habitação não poderá ultrapassar mais de 40% dos rendimentos que auferes todos os meses, mantendo um equilíbrio das tuas contas e orçamento mensal. Este é um cálculo que o banco fará por ti, avaliando a tua capacidade financeira para conseguires assegurar o pagamento das prestações do crédito. 
 

Trabalho seguro

Este fator tem influência na tua estabilidade financeira, pois com um trabalho seguro e uma situação profissional estável e regularizada, terás mais hipóteses de ver o teu pedido de crédito ser aprovado. Se estiveres efetivo é um ponto a favor, conseguindo obter mais confiança por parte da instituição financeira.
 

Condições financeiras

Além de um trabalho estável, deves reunir condições financeiras estáveis, demonstrando que não tens muitos encargos à tua responsabilidade, ou que os que tens são compatíveis com o teu pedido de financiamento. 
 

Fiador

Um fiador vai intervir em teu nome, assumindo o pagamento das prestações, caso não cumpras essa obrigação, e alguns bancos existem esta figura de forma a garantirem que a dívida será paga. 
 

Taxa mista, variável ou fixa? Como escolher

 

Assim que pedes o teu crédito habitação e são avaliados todos os critérios de elegibilidade, ser-te-á pedido que seleciones o tipo de taxa que queres para o teu empréstimo. Existem três: a taxa mista, a taxa variável e a taxa fixa. 
 

Taxa mista

Esta taxa funciona de duas formas, sendo que no período inicial do teu crédito, que poderá ser de 5, 10 ou 15 anos, terás em vigor a taxa fixa, sendo depois aplicada a taxa variável. Trata-se então de um tipo de taxa que pretende, numa fase inicial, ajudar o mutuário a organizar-se financeiramente durante os primeiros anos.
 

Taxa variável

A taxa variável é calculada através da soma do spread e do indexante da Euribor, que variará ao longo do período do crédito. Portanto, a taxa variável será paga conforme as taxas de juro diretoras (Euribor) subam ou desçam, nunca sabendo exatamente que valor vai pagar no futuro, pois é variável em função da Euribor. 
 

Taxa Fixa

Esta é a taxa mais segura para quem pretender pagar sempre o mesmo valor da prestação, sendo uma taxa que se mantém igual durante todo o prazo do empréstimo. Tem, habitualmente, um valor mais alto do que a taxa variável, contudo, oferece mais segurança ao mutuário, que saberá sempre, exatamente, quando dinheiro tem que ter disponível para assegurar o pagamento da prestação. 
 

 

Conceitos a reter

  • Euribor (European Interbank Offered Rate): trata-se da taxa de juro Euribor, resultante da média das taxas de juro praticadas nos principais bancos e instituições de crédito da zona euro, no mercado interbancário. É o valor de referência do mercado europeu.
  • Loan-to-value (LTV): este é o rácio que corresponde à percentagem que o banco pode solicitar relativamente ao valor do imóvel. É assim, uma percentagem que apura o valor que o banco pode emprestar, face ao valor do imóvel, e sendo que nenhum banco empresta a totalidade do valor da casa, o LTV vai variar conforme seja um empréstimo de maior ou menor risco para a instituição financeira. 
  • Taxa de esforço: esta é a taxa que vai representar a percentagem dos rendimentos totais do mutuário (ou casal) que se destinará ao pagamento do crédito. Ajuda, assim, a perceber qual é o valor disponível, dos rendimentos auferidos, para fazer face às despesas depois do pagamento das prestações.
  • Montante total imputado ao consumidor (MTIC): esta sigla é o que vai permitir saber quanto te vai custar, exatamente, o crédito habitação, correspondendo ao total que terás que pagar pelo crédito através da soma do valor do empréstimo com os custos das comissões, juros e impostos.
  • Taxa Anal Efetiva Global (TAEG): esta é a taxa que representa a totalidade dos encargos com o crédito, nomeadamente comissões bancárias, registos, impostos, entre vários outros. 
  • Spread: trata-se da taxa de juro que é aplicada nos contratos de crédito pelo banco e representa a sua margem de lucro. 
 

Que documentos precisas para pedir um crédito habitação jovem?

 

    • Cartão de cidadão;
    • Recibos de vencimento dos três meses anteriores (ou os mais recentes);
    • Declaração comprovativa da entidade onde trabalha;
    • Extrato bancário dos últimos meses;
    • Declaração de IRS.
 

Fiador: o que precisas de ter em conta

 

O mais provável é que te seja pedido que elejas alguém como teu fiador, ficando esta pessoa comprometida a assumir a responsabilidade do pagamento da dívida caso incorras em incumprimento do contrato de crédito. 
 
Assim, o teu fiador será a garantia do banco para o teu crédito, e pode ser exigido pelo banco nas seguintes situações:
    • Se se verificar algum risco de incumprimento;
    • Se a taxa de esforço se verificar elevada;
    • Quando há histórico de crédito irregular;
    • Se tiveres uma situação financeira pouco estável. 
 
Caso o banco verifique que a tua situação financeira é estável, cumpridora e equilibrada, poderás conseguir obter um crédito sem que seja necessário um fiador. Contudo, deves sempre procurar obter mais do que uma simulação de crédito, junto de vários bancos e instituições financeiras, para perceber em qual te compensa o crédito, sendo que os valores e taxas podem variar. 
 
 
Fonte: SuperCasa Notícias

Publicado a: 17 de Abril de 2024

Por: SuperCasa Notícias

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