Dicas para ir ao supermercado em segurança, sem correr riscos de infeção do novo Coronavírus

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É oficial! Foi declarado Estado de Emergência em Portugal e o esforço coletivo para conter a propagação do Covid-19 obriga-nos a alterar as nossas rotinas e a forma como nos comportamos em diferentes situações.

A ideia é ficar em casa o máximo de tempo possível, mas ainda assim, um dos poucos motivos para sair de casa nesta altura, é ir comprar alimentação, tornando-se inevitável a ida ao supermercado.

 

Mas, antes de explorar as dicas que temos para si, retenha o apelo deixado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED):

 

  • Idosos, crianças e grupos de risco devem evitar ir ao supermercado ou hipermercado;
  • Apenas uma pessoa por família deve dirigir-se às lojas;
  • Ao tossir ou espirrar, não use as mãos, mas sim um lenço de papel ou o antebraço;
  • Tente sempre pagar com cartão para evitar contactos desnecessários. 

 

Importa lembrar que o sector do retalho alimentar assegura ter capacidade para manter sem falhas o abastecimento das lojas e que por isso, também não existe a necessidade de ir a “correr” e esgotar todos os produtos em exposição. Não precisa de comprar 50 latas de atum ou 30 quilos de arroz ou massa, porque os supermercados têm stock e não vão fechar.

 

Outra questão muito importante e que vale relembrar é que o risco está no contacto com alimentos já contaminados por outras pessoas e não na ingestão – não há, até ao momento, confirmação de que o vírus possa ser transmitido pela comida.

 

Gemma del Caño, especialista espanhola em segurança alimentar, elaborou uma lista de cuidados que deve ter em atenção quando vamos ao supermercado, num artigo publicado pelo El País.

Antes de sair de casa:

 
  • Não saia de casa se está doente

 

Pense muito bem antes de sair de casa. Se acha que está infetado, não saia e peça ajuda a um familiar ou vizinho. Existem também já organizações, movimentos e serviços que estão a ajudar a levar alimentação ao domicílio.

 

A primeira barreira para evitar contágios é as pessoas infetadas não saírem de casa para nada. Tenha muito cuidado.

  • Faça um plano detalhado da ida ao supermercado

 

A ida ao supermercado deve ser feita no menor tempo possível e deve saber com antecedência o que vai comprar.

 

Prepare a sua ementa semanal e elabore uma lista do que precisa comprar. Este é um método que vai ajudá-lo a criar também novos hábitos. Apenas compre o que é necessário. 

 

Os especialistas aconselham a ter atenção ao consumo de alimentos crus e a dar preferência a tudo o que for cozinhado. A fruta crua deve ser sempre descascada ou cozida. O que for para comer em cru, por exemplo a alface, deve ser previamente desinfectada.

 
  • Leve o seu próprio saco

 

Se possível, use um saco próprio ao invés dos carrinhos dos supermercados que tendem a ser mais utilizados, mesmo que em alguns espaços existam produtos de desinfeção. Confirme que tem consigo os cartões de débito/crédito, preferenciais no momento do pagamento.

A caminho e durante a visita ao supermercado:

 
  • Não toque na sua cara

 

A partir do momento que sai de casa para ir ao supermercado, e até voltar uma vez mais a sua casa, não deve tocar na sua cara.

 

É difícil, mas é mesmo o mais importante, porque mesmo que use luvas, se as luvas estiverem contaminadas e tocar na sua cara, poderá ficar infetado.

  • Mantenha-se afastado das pessoas

 

É possível que encontre algumas filas de espera, visto que alguns supermercados estão limitados a um número específico de pessoas. Esteja alerta e mantenha sempre a distância face aos outros consumidores (no mínimo 1,5 metros).

 

Já no espaço comercial, confirme à entrada se estão a disponibilizar gel hidroalcoólico e papel para uso dos clientes.

 

  • Não fale, tussa ou espirre para cima dos alimentos

 

Além da distância social referida acima, é importante não falar para cima dos alimentos e tossir sempre para o antebraço, afastando-se da comida exposta nas prateleiras.

E para pagar?

 

 

Na fila de espera, mantenha-se sempre afastado e atento.

 

  • Não use dinheiro em espécime, prefira pagamentos por meios eletrónicos

 

Atualmente já existem métodos de pagamento que impedem o contacto próximo entre consumidores e funcionários da loja. Prefira sempre utilizar cartão débito/crédito ou o uso de uma aplicação.

 

O El País aconselha a não usar dinheiro vivo, o qual é um grande transmissor de micro-organismos. É preciso também ter em conta que, ao dar dinheiro vivo, o operador de caixa terá necessariamente que dar o troco. O melhor será sempre que possível usar o cartão ou até mesmo o telemóvel.

Já estou em casa e agora?

 

Deve preparar na sua casa um local apropriado para evitar levar o vírus para casa. De preferência na entrada, divida esta área em duas zonas:

 

  • Zona potencialmente contaminada
  • Zona segura

 

Na zona potencialmente contaminada deixe ficar a roupa, os acessórios (como o telemóvel) e os sapatos que usou. Se tiver, retire corretamente as luvas e vá lavar as mãos. A regra de ouro: fazê-lo com água corrente, sabonete/sabão, sempre mais de 20 segundos e depois não levar as mãos à cara nos dez minutos seguintes.

Uma vez que já lavou as mãos, deve colocar os alimentos numa superfície limpa e desinfetada. Retirar todas as compras:

 

  • Alimentos congelados devem ir para o congelador rapidamente
  • As frutas e verduras devem ser bem lavadas com água – também pode utilizar um líquido desinfetante de alimentos
  • O saco usado para as compras deve ser lavado a uma temperatura de 60º graus

É preciso desinfetar os restantes artigos?

 

“Não”, respondem os especialistas ouvidos pela TSF.  "Basta lavar muito bem as mãos e guardar as compras. Está provado que o vírus não se transmite através de alimentos", explica o virologista Celso Cunha.

 

O mesmo não se aplica em relação às superfícies, como por exemplo, as caixas de supermercado, as caixas multibanco ou outra, sejam de metal ou de outro material. Ou seja, renova-se o conselho de uma cuidada higiene das mãos.

 

Como em tudo, os especialistas acreditam que deve existir o bom senso e as “boas práticas de manipulação”. Seja cuidadoso, mas não fique obcecado com a desinfeção dos alimentos.

 

Seja um agente de saúde pública: Fique em casa e saia, apenas, para comprar o essencial.

 

 

Fonte: zome.pt

Publicado a: 04 de Fevereiro de 2021

Por: Redação Zome

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