Euribor a 12 meses cai para muito perto dos 2%

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Conjuntura internacional poderá levar o BCE a fazer novo corte nas taxas directoras na reunião marcada para a próxima semana. Taxas Euribor estão em mínimos de 2022.

Os mercados financeiros, incluindo o monetário, onde se fixam as taxas Euribor, estão muito voláteis, uma situação explicada pela incerteza do impacto da guerra comercial iniciada pela administração norte-americana na economia mundial. Prova disso, e depois de ter dado sinais de abrandamento na descida, as taxas presentes na maioria dos empréstimos à habitação estão em mínimos desde Janeiro de 2023 (na de três meses), ou desde finais de 2022 (na de seis e 12 meses).

No caso da Euribor a 12 meses, a aceleração das últimas sessões atiram-na para muito perto de 2%, mais concretamente para 2,090% na sessão desta quinta-feira, naquela que é uma queda expressiva de 0,057 pontos percentuais face ao valor anterior, e novo mínimo desde 13 de Setembro de 2022. Neste valor, e salvaguardando toda a instabilidade que se vive actualmente, o mercado está a antecipar uma manutenção das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE) em níveis baixos.

Na reunião da próxima semana, a 16 e 17 de Abril, o BCE poderá realizar um novo corte nas taxas directora, apesar de na reunião de Março, a directora, Christine Lagarde, ter dado a entender que poderia verificar-se uma pausa na redução do custo do dinheiro para as instituições financeiras.

No caso da Euribor a três meses, a que tem um impacto na rentabilidade dos Certificados de Aforro (CA), também se verificou uma descida expressiva, para 2,265%. Foram menos 0,036 pontos percentuais do que nesta quarta-feira. A taxa dos CA já está ligeiramente abaixo dos 2,5% (até agora o tecto máximo) nas subscrições a ocorrer em Abril.

A taxa Euribor a seis meses também recuou uns expressivos 0,041 pontos ao ser fixada em 2,190%, menos 0,041 pontos percentuais e um novo mínimo desde 1 de Novembro de 2022.

O actual valor da Euribor tem reflexo directo nos empréstimos a taxa variável, com revisões a cada três, seis ou 12 meses, mas também nos novos, embora neste último caso, a maioria dos contratos esteja a ser feita a taxas mistas, com uma componente de fixa nos primeiros anos. Ainda assim, a queda da Euribor também influencia as taxas mistas, que estavam a dar sinais de ligeira subida.

As quedas recentes deverão influenciar as médias mensais de Abril, depois de em Março terem ficado em 2,442% a três meses, 2,385% a seis meses e 2,398% a 12 meses.

Publicado a: 11 de Abril de 2025

Por: Rosa Soares-Publico

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