Rendas estabilizam em Lisboa e Porto no terceiro trimestre
Rendas mostram sinais de estabilização em Lisboa e no Porto, com ligeiras subidas trimestrais após vários meses de descidas contínuas.
Sinais de estabilização nas rendas urbanas
As rendas dos novos contratos começaram a evidenciar um movimento de estabilização nas principais cidades portuguesas. Depois de vários trimestres marcados por descidas, Lisboa registou uma variação trimestral de 0,6% e o Porto de 0,2%, indicando que o mercado pode estar a entrar numa fase de maior equilíbrio.
Esta evolução é particularmente relevante num contexto em que a procura continua elevada, enquanto a oferta mantém um ritmo de crescimento limitado.
Lisboa regista segunda subida consecutiva
Em Lisboa, a subida trimestral das rendas marca o segundo aumento consecutivo, após os 0,7% observados no trimestre anterior. Apesar desta recuperação, as rendas contratadas ainda apresentam uma variação homóloga negativa de -2,9%, reflexo do ajustamento face ao período anterior.
Contudo, a redução do ritmo de descida, que tinha sido de -3,4% no segundo trimestre, reforça a perceção de estabilização. A renda média de um T2 situou-se nos 1.586 euros, continuando a posicionar a capital como o mercado mais pressionado do país.
Porto aproxima-se de um ponto de viragem
No Porto, o comportamento foi semelhante, embora mais moderado. A ligeira subida trimestral não anulou a tendência negativa acumulada ao longo do último ano, que levou a uma variação homóloga de -1,5%, a primeira descida anual em quatro anos.
A renda média de um T2 atingiu os 1.200 euros, refletindo uma evolução mais gradual no mercado portuense. Ainda assim, a estabilização das rendas pode indicar um ponto de viragem após vários trimestres de pequenas correções negativas.
Crescimento nacional reforça tendência
A nível nacional, as rendas aumentaram 5% em termos homólogos em outubro, segundo dados oficiais, consolidando o ritmo observado no mês anterior. Todas as regiões registaram subidas, com a Madeira a destacar-se com um crescimento de 7,4%.
Em comparação mensal, o aumento nacional foi de 0,4%, mantendo a tendência ascendente sem que se verificassem quedas regionais. Este cenário confirma uma recuperação generalizada das rendas, reforçando o ambiente de maior estabilidade que começa a surgir nos principais centros urbanos.
Publicado a: 21 de Novembro de 2025
Por: Redação
